O BB Investimentos rebaixou a recomendação para as ações da Casas Bahia (BHIA3) de compra para venda, com preço-alvo de R$ 9,8. A corretora acredita que a empresa enfrentará um ano desafiador em 2024, com riscos elevados à execução de seu plano de recuperação.
Os principais riscos apontados pelo BB são:
- Execução do plano estratégico: a empresa anunciou um plano de reestruturação em 2023, que inclui a redução de lojas, renegociação de aluguéis e revisão do sortimento. O BB acredita que esses esforços podem não ser suficientes para reverter a trajetória negativa da empresa.
- Impacto de investimentos em aquisição de clientes e omnicanalidade: a Casas Bahia tem investido fortemente em marketing e tecnologia para se tornar mais omnicanal. O BB acredita que esses investimentos podem pressionar a lucratividade da empresa no curto prazo.
- Incapacidade de atrair e reter os melhores sellers no marketplace: a Casas Bahia lançou um marketplace em 2022, mas ainda não conseguiu atrair e reter os melhores vendedores. O BB acredita que isso pode prejudicar o crescimento da empresa no longo prazo.
- Incapacidade de escalar e rentabilizar a solução financeira oferecida aos clientes: a Casas Bahia oferece uma solução financeira aos seus clientes, mas ainda não conseguiu escalar esse negócio de forma lucrativa. O BB acredita que isso pode limitar o crescimento da empresa no longo prazo.
- Incremento das provisões acima do esperado: a Casas Bahia tem registrado um aumento nas provisões para devedores duvidosos (PDD) nos últimos trimestres. O BB acredita que esse aumento pode continuar no curto prazo, pressionando a lucratividade da empresa.
O plano de reestruturação da Casas Bahia inclui a redução potencial de 50 a 100 lojas em 2023, revisão de quadro de lojas, renegociação de aluguel e revisão de sortimento ideal e sublocação de espaço ocioso.
O BB acredita que essas iniciativas podem ajudar a empresa a reduzir custos e melhorar a rentabilidade. No entanto, a corretora acredita que os riscos à execução do plano são elevados e que a empresa ainda enfrentará um ano desafiador em 2024.