As empresas captaram R$ 20,71 bilhões no mercado de capitais em janeiro de 2024, uma queda de 22% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
A retração foi impulsionada principalmente por uma queda de 55,8% no volume de emissões de debêntures, que totalizaram R$ 8,28 bilhões.
O prazo médio das debêntures também diminuiu, passando de 7,8 anos em dezembro para 5,8 anos em janeiro. As debêntures incentivadas, que oferecem benefícios fiscais aos investidores pessoa física, registraram um volume de R$ 2,64 bilhões no primeiro mês de 2024, uma queda de 8,7% em relação ao mesmo período de 2023.
Outras classes de ativos:
- Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs): Em dezembro, antes da decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) que restringiu as ofertas, os CRIs totalizaram R$ 3,59 bilhões, um aumento de 283,9% em relação a janeiro de 2023.
- Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs): No mesmo período, os CRAs avançaram 110,9%, atingindo R$ 1,52 bilhão.
A queda na captação de recursos no mercado de capitais em janeiro pode ser atribuída a diversos fatores, como a alta da taxa de juros, a volatilidade do mercado e a incerteza do cenário político e econômico.
Especialistas acreditam que o mercado de capitais deve se recuperar ao longo do ano, à medida que a taxa de juros estabilize e a confiança dos investidores retorne. No entanto, a volatilidade e a incerteza podem continuar a pressionar o mercado no curto prazo.
Impacto para empresas e investidores:
A retração na captação de recursos no mercado de capitais pode dificultar o acesso das empresas ao financiamento necessário para seus projetos de expansão e investimento.
Para os investidores, a queda no volume de ofertas pode reduzir as oportunidades de investimento e aumentar a competição por ativos.