Dólar Sobe e Ibovespa Cai em Meio à Piora das Contas Públicas e Leilões do BC

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O dólar voltou a subir nesta sexta-feira (30), aproximando-se dos R$ 5,70, após um início de dia marcado por intervenções do Banco Central (BC) e preocupações com a piora das contas públicas no Brasil. Apesar dos esforços do BC para conter a alta da moeda americana, a piora nos indicadores fiscais e a incerteza no cenário internacional continuam pressionando o mercado.

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Tentativas do Banco Central

Durante a manhã, o BC tentou conter a escalada do dólar realizando um leilão de US$ 1,5 bilhão no mercado de câmbio à vista. A iniciativa visava aumentar a oferta da moeda e, assim, baixar sua cotação. No entanto, o leilão não teve o efeito desejado devido ao pessimismo dos investidores com os dados fiscais divulgados mais cedo.

Ainda na tentativa de amenizar a pressão sobre o câmbio, o BC realizou um segundo leilão, desta vez no formato de contratos de “swap cambial”. Esses contratos equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro, fornecendo proteção para investidores com exposição à moeda estrangeira e ajudando a reduzir a demanda por dólares no curto prazo.

Piora nas Contas Públicas

Os resultados fiscais divulgados nesta manhã apontaram um déficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho, muito acima das expectativas do mercado, que projetava um déficit de R$ 5 bilhões. Este saldo negativo foi composto por déficits de R$ 8,6 bilhões do governo central, R$ 11,1 bilhões dos governos regionais e R$ 1,7 bilhão de empresas estatais. Como resultado, a dívida pública bruta do Brasil aumentou, passando de 77,8% para 78,5% do PIB.

Impacto no Ibovespa

Com o cenário econômico desfavorável, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, registrou queda de 0,26%, atingindo 135.706 pontos no início da tarde. A incerteza fiscal no Brasil, aliada às expectativas de novas decisões de política monetária nos Estados Unidos, aumentou a aversão ao risco, levando investidores a se afastarem de ativos brasileiros.

Contexto Internacional

No exterior, os mercados reagiram aos novos dados de inflação nos Estados Unidos. O Índice de Preços para Despesas com Consumo (PCE), indicador preferido do Federal Reserve (Fed), apresentou uma alta anual de 2,5% em julho, ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. Apesar desse alívio, o mercado ainda aguarda com cautela a próxima reunião do Fed, onde serão discutidos possíveis cortes nas taxas de juros, diante de uma economia que tem mostrado sinais de resiliência.

Enquanto o BC brasileiro tenta conter a alta do dólar, os investidores permanecem atentos à evolução das contas públicas e ao cenário externo, que continuam a influenciar o humor do mercado e as cotações do câmbio.

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