O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra 2025 com um fôlego financeiro que, cá entre nós, muita gente gostaria de ter no final do ano: um “colchão” de R$ 24 bilhões reservado para despesas que não são obrigatórias. A informação veio do Ministério do Planejamento e mostra que o governo está tentando caminhar com mais cautela — algo que, em tempos de incerteza econômica, faz bastante sentido.
Esses recursos já foram empenhados, mas não saíram todos de uma vez. O gasto está sendo liberado aos poucos, seguindo um decreto que determinou um ritmo mais controlado para a execução do orçamento. Em resumo: a grana existe, está separada, mas o governo está abrindo a torneira com cuidado para não se complicar mais à frente.
Por que essa estratégia?
O próprio decreto assinado por Lula limitou a velocidade com que os ministérios podem gastar o dinheiro ao longo do ano. Até novembro, por exemplo, o governo só usa uma fração do orçamento previsto para evitar surpresas desagradáveis caso a arrecadação não venha tão robusta quanto se espera.
É como aquele hábito de guardar um pouquinho do salário para não passar sufoco no fim do mês. A lógica é a mesma: manter equilíbrio, controlar ansiedade fiscal e tentar fechar o ano dentro das metas do arcabouço.

E os cortes no caminho?
Mesmo com essa reserva, o governo precisou anunciar contenções nas despesas. O relatório orçamentário apontou um total de R$ 31,3 bilhões entre bloqueios e possíveis contingenciamentos.
Desse total:
- R$ 10,6 bilhões foram bloqueados para compensar gastos obrigatórios que cresceram além do previsto.
- R$ 20,7 bilhões ficaram de prontidão, podendo ser contingenciados se a arrecadação não atingir o esperado.
Tudo isso para tentar manter a meta fiscal de 2025, que permite um déficit de até R$ 31 bilhões.
Ajustes ao longo do ano
Como se sabe, o orçamento muda conforme a vida muda também. Em alguns momentos, o governo conseguiu liberar verbas que estavam travadas, graças a uma expectativa de receita mais otimista. Em outro, precisou segurar mais um pouco e congelar mais R$ 1,4 bilhão, elevando o total retido para R$ 12,1 bilhões.
Esses ajustes mostram que não existe piloto automático quando o assunto é orçamento público. É um jogo de equilíbrio constante — e, muitas vezes, bem tenso.
O que isso tudo significa?
No fim das contas, manter esse “colchão” de R$ 24 bilhões dá ao governo uma margem de segurança importante. Além disso, é uma reserva que ajuda a proteger investimentos, evita decisões precipitadas e reduz o risco de descumprir metas — algo que sempre gera dor de cabeça no mercado e entre os próprios gestores públicos.
Por outro lado, isso também evidencia o desafio que o governo enfrenta para fazer as contas fecharem, especialmente com despesas obrigatórias crescendo rápido. Ainda assim, olhando pelo lado positivo, a estratégia mostra uma tentativa de organização e de manter estabilidade em um cenário econômico tão imprevisível.
Por fim, se você acompanha política e economia e anda preocupado com o sobe e desce do orçamento, respirar fundo ajuda — o governo também está tentando fazer o mesmo.
- Artigos Recomendados:
GUERRA DIPLOMÁTICA? Lula Manda Merz (e Berlim!) Para Casa e Faz Elogio EXTREMO ao Pará!
O Que Pode Dar Errado com o Seu 13º em 2025: Especialistas Alertam Para um Velho Problema
Banco Pan libera conta digital com 30 saques grátis e cartão sem anuidade

