Pode anotar aí: a soja brasileira está prestes a ganhar um papel ainda mais importante no mundo. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o grão pode se tornar protagonista não só na mesa, mas também na produção de energia — e isso abre uma nova fase para o agro nacional.
Quem trouxe essa visão foi o assessor especial do Mapa e presidente da Embrapa, Carlos Augustin. Ele resumiu bem o que está acontecendo: “a agricultura não é mais só alimento, é também energia”. Ou seja, o campo brasileiro está se transformando — e, ao que tudo indica, essa mudança veio para ficar.
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Agricultura que alimenta… e abastece
De uns tempos pra cá, os biocombustíveis e o uso do farelo de soja em indústrias vêm ganhando espaço. Isso significa que a demanda pelo grão pode continuar firme, mesmo com a expectativa de safras recordes. E convenhamos: é sempre bom saber que o produtor não precisa se preocupar tanto com uma possível queda de preços, né?
O governo acredita que, mesmo com a volta do comércio entre China e Estados Unidos, o mercado da soja deve se manter equilibrado. Afinal, o mundo está precisando de energia limpa — e o Brasil tem tudo para surfar essa onda com maestria.
Por que a soja está no centro das atenções
Há alguns motivos bem claros pra esse otimismo. Primeiro, a política do “Combustível do Futuro” promete aumentar o uso de biocombustíveis em diesel, gasolina e até querosene de avião. Traduzindo: mais espaço para a soja brilhar.
Além disso, o farelo de soja tem sido cada vez mais usado para ração animal e como base para biocombustíveis — principalmente em países como China, Índia e outros da Ásia. E o Brasil, claro, está de olho nisso.
Aliás, os números já mostram essa força toda: entre maio e outubro, o país exportou mais de 21 milhões de toneladas de soja para a China, um salto de quase 40% em relação ao ano anterior. E a previsão é que o ritmo continue forte nos próximos anos.
Mesmo com os Estados Unidos retomando a produção e se reaproximando da China, o Brasil segue firme na liderança. Com custos menores, produção em larga escala e clima favorável, fica difícil bater nossa vantagem competitiva.
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De olho nos desafios
Claro que nem tudo é um mar de grãos dourados. O setor ainda precisa ficar atento a alguns pontos. O aumento das áreas de plantio, por exemplo, pode fazer os preços oscilarem. E o câmbio, as regras internacionais e a logística continuam sendo fatores que exigem atenção.
Outro tema importante é a sustentabilidade. O Brasil quer — e precisa — crescer sem perder o foco em boas práticas ambientais e sociais. Como disse Augustin, o país caminha para novos patamares de eficiência e sustentabilidade. E isso é algo que o mercado internacional valoriza cada vez mais.
O agro em nova fase
No fim das contas, o recado do Ministério e da Embrapa é otimista: o Brasil agroenergético está acelerando. A soja, que sempre foi sinônimo de alimento e ração, agora também entra na rota da energia.
Para quem acompanha o agro de perto — seja produtor, investidor ou apenas curioso —, vale ficar de olho nessa virada. A soja não é mais só um grão que alimenta o mundo. Ela está se tornando parte da solução energética global.
E, convenhamos, é bom ver o Brasil mostrando ao mundo que dá pra crescer, inovar e ainda fazer bonito na transição para um futuro mais sustentável.
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