A primeira reunião do ano entre economistas e diretores do Banco Central (BC) foi marcada por um viés otimista com a economia brasileira.
Os participantes da reunião, que aconteceu na quinta-feira (19), destacaram que a atividade econômica está se recuperando de forma consistente e que a inflação deve começar a cair nos próximos meses.
Um dos principais pontos de consenso entre os economistas foi a expectativa de que o real se valorize ao longo do ano. Um dos participantes da reunião citou que um de seus modelos indica um dólar a R$ 4,50 até o final do ano.
A valorização do real é vista como positiva para a economia brasileira, pois ajuda a reduzir o custo das importações e a aumentar a competitividade das exportações.
Selic deve subir
Os economistas também destacaram que a inflação deve começar a cair nos próximos meses, em resposta ao aumento da taxa básica de juros (Selic). A Selic está atualmente em 10,75% ao ano e deve subir para 11,75% ao ano no próximo mês.
A queda da inflação é importante para a economia brasileira, pois ajuda a reduzir o custo de vida das famílias e a estimular o consumo.
Ainda que o viés otimista tenha marcado a reunião, os economistas ressaltaram que ainda existem alguns riscos para a economia brasileira. Entre os principais riscos citados estão a guerra na Ucrânia, a alta dos juros nos Estados Unidos e a incerteza política no Brasil.
A guerra na Ucrânia pode levar a uma desaceleração da economia global, o que poderia afetar as exportações brasileiras.
A alta dos juros nos Estados Unidos pode aumentar a pressão sobre o dólar, o que poderia prejudicar a competitividade das exportações brasileiras. A incerteza política no Brasil pode desencorajar os investimentos e reduzir a confiança dos consumidores.
Apesar desses riscos, os economistas acreditam que a economia brasileira deve crescer de forma consistente em 2024. A expectativa é de que o PIB cresça entre 2,5% e 3,0% este ano.