Falência da Oi: Justiça Decreta o Fim e Investidores Perdem Tudo

Olha, a notícia que muita gente já esperava finalmente chegou na segunda-feira, 10 de novembro. A Justiça bateu o martelo: a Oi faliu de vez. A juíza Simone Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi direta: a Oi está tecnicamente falida. O segundo processo de recuperação judicial, que começou em 2023, acabou ali mesmo.

As Ações Despencaram e Viraram Pó

O impacto foi brutal. As ações da Oi derreteram e fecharam o dia valendo apenas R$ 0,18 – uma queda de 35,71% em poucas horas. A advogada Natasha Giffoni Ferreira, especialista em falências do escritório Volk e Giffoni Ferreira, foi clara: o investimento na Oi virou prejuízo consolidado. Quem apostou na recuperação perdeu tudo mesmo.

E não foi só grande investidor que se deu mal, não. Tem muita gente comum que comprou ações da Oi sonhando com uma recuperação. Essas pessoas acordaram vendo suas economias evaporarem.

Os Serviços da Oi Continuam Por Enquanto

Calma, seu telefone não vai parar agora. A Justiça determinou que as atividades da Oi continuem provisoriamente. Tem um bom motivo: a empresa mantém serviços essenciais como números de emergência e as linhas das lotéricas da Caixa.

Além disso, a Oi tem 4,6 mil contratos com governos e é a única operadora em cerca de sete mil cidades brasileiras. Deixar esse pessoal sem comunicação seria um problema social enorme.

Mudança Total na Administração

Toda a diretoria e o Conselho de Administração foram afastados. Agora quem manda é o escritório Preserva-Ação, que será o administrador judicial. A missão deles? Vender o que sobrou da Oi pelo melhor preço possível para pagar os credores.

Os escritórios Wald e K2 também foram dispensados. A Justiça suspendeu todas as ações contra a empresa – ninguém pode mais cobrar diretamente da Oi. Tudo vai ser centralizado pelo administrador judicial.

Como a Oi Chegou Nesse Ponto

Na sexta-feira, 7 de novembro, a própria gestão judicial da Oi pediu o reconhecimento da insolvência. A empresa confessou que não conseguia pagar suas dívidas nem gerar caixa suficiente. Os números eram assustadores: dívida de R$ 1,7 bilhão com fornecedores, um aumento de R$ 500 milhões desde junho. A receita mensal? Apenas R$ 200 milhões.

A juíza foi enfática: não há como equilibrar o que a empresa tem com o que ela deve.

Duas Recuperações que Não Funcionaram

A Oi entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2016, com dívidas de R$ 65 bilhões. Durante esse período, passou seis anos tentando se reestruturar e conseguiu encerrar o processo em 2022. Porém, no início de 2023, já estava de volta com outro pedido de recuperação – desta vez devendo R$ 44,3 bilhões.

Nesse cenário, a estratégia foi vender tudo de valor: a operação móvel foi para Claro, TIM e Vivo. Além disso, a rede de fibra óptica também foi vendida. No final das contas, sobrou pouca coisa que gerasse receita real. Por isso, a Justiça criticou isso duramente, apontando que a Oi só ganhava dinheiro vendendo ativos e pegando empréstimos, não pela atividade empresarial.

E os Credores da Oi?

Para quem tem dinheiro a receber da Oi, infelizmente a notícia não é boa. Na falência, existe uma ordem de pagamento bem definida: trabalhadores vêm primeiro, em seguida os impostos, e só então os demais credores. Dessa forma, como a empresa deve muito mais do que tem, muita gente vai receber apenas uma fração do valor – se receber alguma coisa. Consequentemente, pequenos fornecedores podem quebrar junto.

Lições Importantes

Essa falência ensina que recuperação judicial não garante recuperação real. Portanto, investir em empresas nessa situação é arriscadíssimo. Além disso, outra lição importante: não dá para viver só vendendo patrimônio. Afinal, a Oi tentou ganhar tempo assim, mas no final das contas, o armário ficou vazio.

Por outro lado, tem a regra de ouro dos investimentos: nunca coloque tudo numa empresa só, principalmente se ela já está em dificuldade. Infelizmente, os brasileiros que perderam dinheiro com a Oi aprenderam isso da pior forma possível.

Agora, queremos ouvir você! O que acha dessa história toda? Tinha investimentos na Oi? Ou então, conhece alguém afetado? E mais: como o governo deveria ajudar as cidades que dependem só da operadora? Deixe sua opinião nos comentários!

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