Bilhete azul com a frase "Late Payment" (Atraso de Pagamento), caneta e calculadora laranja, simbolizando os desafios dos pagamentos não realizados.Um lembrete visual contundente: "Late Payment" em um bilhete, acompanhado de ferramentas financeiras, representando a realidade dos pagamentos em atraso.

Quem empreende sabe: a gestão financeira é um dos pilares mais delicados do negócio. E quando o assunto é recebimento, qualquer instabilidade gera uma preocupação legítima. É por isso que os dados recentes da Coface, líder global em gestão de riscos de crédito, merecem toda a nossa atenção. A pesquisa sobre Pagamentos na América Latina em 2025 acende um alerta claro: a dificuldade em receber em dia está crescendo, e isso exige uma postura proativa. Não estamos aqui para criar pânico, mas para oferecer um panorama real e mostrar como você pode proteger seu fluxo de caixa de maneira inteligente. Afinal, a estabilidade do seu negócio depende diretamente da pontualidade desse pagamento.

Os números são bastante expressivos e demonstram a pressão generalizada do mercado. O estudo aponta que 77% das empresas na região enfrentaram atrasos em seus recebíveis — um salto notável de 26 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Como consequência direta dessa dificuldade, o prazo médio geral de pagamento subiu de 53 para 59 dias. É evidente que as empresas estão lutando para manter sua liquidez. No cenário brasileiro, a situação exige um olhar especial: nosso prazo médio de atraso (36 dias) é inferior à média regional, mas fomos um dos poucos países a registrar um aumento de três dias nesse prazo. Este é um indicativo claro de que a pressão sobre a liquidez interna está aumentando, e a gestão do seu pagamento nunca foi tão vital.

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Mulher calculando o custo de um pagamento em dia com calculadora e documentos fiscais, ilustrando a gestão financeira e a responsabilidade de pagamentos.
Uma pessoa foca na calculadora, processando números e documentos, um cenário comum na gestão de pagamentos e finanças empresariais.

A Lógica Por Trás do Prazo de Pagamento Mais Extenso

É natural questionarmos por que os prazos estão se alongando tanto. A Economista-Chefe da Coface para a América Latina, Patricia Krause, oferece uma explicação que toca na raiz do problema. Em um ambiente de crédito restritivo, com juros elevados, muitas empresas não veem outra alternativa a não ser oferecer prazos mais longos aos seus clientes.

Esta é uma estratégia de defesa para não paralisar as vendas. É um esforço para sustentar o volume de negócios, mesmo que isso signifique aumentar o risco de inadimplência. Observamos que, apesar de o prazo de 30 a 60 dias ainda ser o mais comum, a concessão de prazos longos, entre 90 e 120 dias, cresceu significativamente. Essa é uma informação crucial: a pressão para o pagamento estendido se tornou uma realidade competitiva que todo empresário precisa administrar.

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Foco no Risco e o Otimismo Cauteloso do Mercado

Embora a frequência dos atrasos tenha aumentado, a pesquisa notou uma redução na duração média deles, indicando uma melhora na capacidade das empresas em recuperar seus recebíveis rapidamente. No entanto, o Brasil não pode relaxar. Além do aumento no prazo de atraso, uma grande preocupação nacional se destacou: 53% das empresas brasileiras citaram as condições de crédito restritivas como um dos principais desafios para o próximo ciclo. Apesar disso, há um otimismo cauteloso. A expectativa de que haja uma redução nas taxas de juros é a grande força motriz por trás da confiança em uma melhora na atividade comercial, o que, consequentemente, aliviaria a pressão sobre o pagamento e as operações. O mercado está esperançoso, mas continua vigilante.

O Seguro de Crédito: A Estratégia Inteligente Contra o Não Pagamento

Diante desse cenário de maior incerteza e risco de inadimplência, a busca por mecanismos de proteção se tornou prioridade. O Seguro de Crédito é, sem dúvida, a ferramenta que mais ganhou destaque. De acordo com o levantamento, 28% das empresas latino-americanas já utilizam essa cobertura, e sua adoção tende a crescer conforme os atrasos aumentam.

A grande vantagem é que ele transfere o risco de não pagamento para a seguradora. Isso não só protege seu balanço, mas permite que você ofereça crédito com mais tranquilidade e competitividade. Como aponta Patricia Krause, o seguro é essencial para preservar a liquidez em um mercado onde o crédito bancário é caro e seletivo. É a maneira mais eficaz de garantir que o não pagamento de um cliente não paralise o seu capital de giro.

Gestão de Recebíveis: Ferramentas Além da Cobertura

A proteção financeira não se resume apenas ao seguro. A pesquisa também destacou a importância de outras ferramentas complementares na gestão de dívidas. Em primeiro lugar, está o uso de relatórios de dados para uma avaliação prévia e minuciosa dos compradores. Ter informações sólidas antes de estender o crédito é a melhor prevenção. Em segundo lugar, a contratação de empresas especializadas em cobrança é vista como uma aliada estratégica. A cobrança amigável, feita por profissionais, é um caminho mais eficiente para resolver pendências. A experiência mostra que essa abordagem profissional ajuda a gerenciar conflitos e garantir o pagamento de forma mais rápida e com menor desgaste, muitas vezes evitando a necessidade de recorrer a medidas judiciais onerosas.

Proatividade é a Chave para a Continuidade do Pagamento

Os dados da Coface são um convite à reflexão e à ação. O aumento dos atrasos de pagamento, e a pressão no Brasil, mostram que esperar pela melhora do cenário não é uma estratégia viável. As empresas que investem em mecanismos de gestão de risco, como o Seguro de Crédito e o uso inteligente de dados, estão se posicionando à frente da concorrência. Elas não apenas protegem sua liquidez, mas ganham a confiança necessária para continuar vendendo e crescendo de forma sólida. O momento exige proatividade e inteligência na proteção do seu fluxo de pagamento.

Fortaleça Sua Proteção Hoje

Se a crescente pressão por mais prazo e o aumento dos atrasos de pagamento têm tirado o seu sono, não espere mais. O futuro do seu negócio depende da sua capacidade de proteger os recebíveis.

A gente quer te ouvir!

Qual a sua percepção sobre o aumento do prazo de pagamento no mercado brasileiro? Você já sentiu essa pressão em seu negócio?

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