Professor de Columbia critica abordagem do governo dos EUA às empresas de criptomoedas
A Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, fechou recentemente um acordo bilionário com o governo dos EUA por supostamente permitir que indivíduos envolvidos em atividades ilícitas movimentassem “fundos roubados” por meio da exchange.
O acordo foi visto por muitos como um sinal da crescente repressão dos Estados Unidos às empresas de criptomoedas. No entanto, o professor adjunto da Columbia Business School, Omid Malekan, argumenta que a abordagem do governo é ambígua e injusta.
“As pessoas que acreditam sinceramente que a criptografia é um facilitador único para que pessoas más façam coisas ruins não entendem como o resto do sistema financeiro realmente funciona”, escreveu Malekan no X (antigo Twitter).
Regulação ambígua favorece bancos tradicionais
Malekan aponta que as empresas tradicionais também processam grandes somas de fundos ilícitos, mas geralmente não são responsabilizadas por isso. “Mas tudo isso foi considerado OK porque alguém cuidou da papelada.”
Malekan também argumenta que muitos em Wall Street seriam presos se as empresas tradicionais recebessem o mesmo tratamento que a Binance em casos semelhantes. “Se eles tivessem cumprido o Padrão Binance, haveria centenas de diretores executivos na prisão e menos dinheiro para recompras de acionistas (ou lobby). Mas os banqueiros foram espertos o suficiente para nunca questionar o jogo.”
Apesar das críticas, Malekan acredita que a Binance ainda “errou em mentir para seus clientes e errou por não obedecer”.
O acordo da Binance destaca a necessidade de uma abordagem mais consistente e equitativa à regulamentação das empresas de criptomoedas.