Selic sob Pressão Externa: Mônica Mello analisa influências na política monetária

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Em um cenário global marcado por incertezas e volatilidade, a economista Mônica Mello, da Suno Corretora, traça um panorama aprofundado sobre as perspectivas para a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.

Em entrevista ao Valor Econômico, Mello evidencia a preponderância de fatores externos na definição da taxa, destacando a relevância da conjuntura internacional para o direcionamento da política monetária brasileira.

Influência Decisiva da Inflação Americana

Mello aponta o aumento da inflação nos Estados Unidos como um dos principais vetores que pressionam a alta da Selic no Brasil. A escalada dos preços no país norte-americano, impulsionada por diversos fatores, incluindo a retomada econômica pós-pandemia e os gargalos nas cadeias de suprimentos, gera expectativas de um aperto monetário mais agressivo por parte do Federal Reserve, o banco central americano.

Ajuste à Política Monetária Americana

Diante da postura do Fed, o Banco Central do Brasil se encontra diante da necessidade de calibrar sua política monetária para evitar uma fuga de capitais e a desvalorização do real. Segundo Mello, acompanhar os movimentos do banco central americano é crucial para manter a estabilidade do mercado financeiro brasileiro e proteger a economia nacional de turbulências externas.

Incerteza Política como Fator de Risco

Embora os fatores externos assumam papel central na definição da Selic, Mello ressalta que o cenário político brasileiro não pode ser ignorado. A incerteza e a volatilidade no panorama político nacional podem gerar instabilidade no mercado financeiro, influenciando as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa Selic.

A análise de Mônica Mello oferece um olhar perspicaz sobre as complexas interações que moldam a dinâmica da taxa Selic no Brasil. A influência preponderante de fatores externos, especialmente a conjuntura norte-americana, é um elemento crucial a ser considerado na avaliação das perspectivas para a política monetária brasileira.

No entanto, o cenário político nacional, com suas incertezas e volatilidade, também deve ser ponderado na análise, evidenciando a necessidade de um acompanhamento atento e de medidas prudentes por parte do Banco Central do Brasil.

Selic sob Pressão Externa: Mônica Mello analisa influências na política monetária
Selic sob Pressão Externa

Aprofundando o Debate sobre a Selic

A taxa Selic, como você já sabe, é a taxa básica de juros da economia brasileira, um instrumento crucial na política monetária do Banco Central (BCB) para controlar a inflação e estimular o crescimento econômico.

No entanto, como vimos na análise da economista Mônica Mello, a definição da Selic é um processo complexo e multifacetado, influenciado por diversos fatores internos e externos.

Para compreendermos melhor essa dinâmica, vamos explorar alguns aspectos relevantes que complementam a discussão:

Fatores Externos:

  • Inflação global: A elevação da inflação em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, pressiona o BCB a subir a Selic para evitar que o capital nacional busque investimentos mais rentáveis no exterior, desvalorizando o real.
  • Juros internacionais: O aumento da taxa de juros no mercado internacional, especialmente nos EUA, torna o crédito mais caro no Brasil, o que pode levar ao aumento da inflação interna e, consequentemente, à alta da Selic.
  • Crescimento global: O ritmo da economia mundial também influencia a Selic. Um crescimento global acelerado pode gerar maior demanda por produtos brasileiros, levando à alta da inflação interna e à necessidade de conter o crédito por meio da Selic.

Fatores Internos:

  • Inflação doméstica: O principal objetivo da política monetária do BCB é controlar a inflação. Se a inflação interna estiver acima da meta estabelecida pelo Copom, a Selic tende a subir para conter o aumento dos preços.
  • Crescimento da economia: O BCB também busca estimular o crescimento da economia brasileira de forma sustentável. Se a economia estiver crescendo muito rapidamente, a Selic pode ser aumentada para conter a inflação e evitar um superaquecimento da economia.
  • Expectativas do mercado: As expectativas dos agentes econômicos sobre o futuro da economia também influenciam a Selic. Se o mercado esperar que a inflação suba, a Selic tende a subir preventivamente.

Papel do Copom:

O Comitê de Política Monetária (Copom) é responsável por definir a taxa Selic. O Copom se reúne a cada seis semanas para avaliar a conjuntura econômica e decidir se a Selic deve ser aumentada, diminuída ou mantida.

As decisões do Copom são baseadas em diversas análises, incluindo indicadores como inflação, crescimento do PIB, taxa de desocupação, câmbio e expectativas do mercado.

Impacto da Selic na Economia:

A Selic afeta diversos setores da economia brasileira. Quando a Selic sobe, o crédito fica mais caro, o que pode levar à redução do consumo e do investimento. Isso pode afetar negativamente o crescimento da economia. Por outro lado, a alta da Selic também pode ajudar a controlar a inflação.

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